
Fernando escolheu ser gari na própria universidade, por aquele dia, mas continuou o estudo por mais uma década, vestindo uniforme, varrendo, limpando ruas e fossas, debaixo de chuva ou sol. Na foto à direita, ele é o jovem de pele clara, ao lado dos "verdadeiros garis" (leia entrevista).
Em nível de pós-graduação, o psicólogo desenvolveu a tese sobre a “invisibilidade pública”: em certas funções como faxineiro, ascensorista, empacotador e gari, a sociedade só percebe o uniforme e não enxerga a pessoa do trabalhador.

A investigação social se traduziu, em 2002, na dissertação de mestrado "Garis: um estudo de psicologia sobre invisibilidade pública" (leia o resumo) e posteriormente uma tese de doutorado ( (veja a notícia da ISTOÉ Gente sobre a publicação do livro Homens Invisíveis – Relatos de uma Humilhação Social, Editora Globo, 2004).