domingo, 17 de agosto de 2014

"Os nomes da rua", ideia para valorizar os catadores


Para homenagear uma classe de trabalhadores pouco reconhecida no dia 1º de maio, os publicitários Guilherme Manzi, Lucas Silva e Vítor Barbato, em parceria com o Pimp My Carroça (saiba mais), criaram o projeto "Os Nomes da Rua". Ao perceberem que os nomes de ruas são uma forma de homenagear as pessoas importantes para a cidade, eles resolveram criar placas para quem mais cuida dela: os catadores. Assim, eles espalharam essa homenagem nas ruas em que os carroceiros passam diariamente, colocando seus nomes e algumas curiosidades nas placas estilizadas.

sábado, 16 de agosto de 2014

Fotógrafo mostra cães de rua e seus donos


O fotógrafo Eduardo Léporo, que habitualmente trabalha com animais de estimação, registrou a amizade entre moradores de rua e seus cães de estimação, especialmente na cidade de São Paulo, onde a população de rua é estimada em 15 mil pessoas. E mediante as imagens ainda conta histórias "humanas" ou humanizadas. O resultado já se transformou em ensaios e exposições que rodam pelo Brasil.

Por exemplo, a Família da Paulista dá sorvete a seu amigo cachorro para passar o calor (acima), enquanto na Praça da República o pequeno Hulk acompanha fielmente o cuidador de carros Saulo, seu amigo humano (abaixo). Veja mais histórias recolhidas por Edu no seu blog Esta foto é o bicho e na página Moradores de rua e seus cães.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Vida na rua embrutece as pessoas, diz documentário

 
Por ocasião das eleições municipais de 2012, estudantes de Direito da USP produziram o documentário "Eu Existo" (17 min), reportagem que denuncia as dificuldades de se viver nas ruas de São Paulo, para colocar esse problema social na agenda política dos candidatos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Curso de abordagem de rua para educadores

A entidade Educadores Sociais oferece o primeiro módulo do curso O EDUCADOR SOCIAL E A EDUCAÇÃO DE RUA, destinado a profissionais e estudantes, sejam técnicos ou educadores sociais que trabalham com população de rua ou atuem em CREAS, Abordagem de Rua, Albergues, Casas de Acolhimento.

O objetivo principal do curso é capacitar os educadores para a prática da abordagem de rua numa perspectiva transformadora. A atividade tem duração de 16 horas, em dois dias completos (quinta 28 e sexta 29 de agosto), das 8h30 às 17h30.

PROGRAMA
- Identidade Individual e Coletiva;
- Fundamentos da educação social de rua e a Pedagogia do Diálogo;
- Análise de Conjuntura – desigualdades sociais;
- O contexto histórico da situação de rua e na rua – preconceitos;
- A Abordagem de rua – elementos essenciais.

METODOLOGIA
- Atividades práticas favorecendo a troca de experiências;
- Trabalhos em grupo com discussão de textos e cases;
- Exposição dialogada de conteúdos com espaço para reflexão crítica.

FACILITADORA
Mariam Deborah Santos Vezneyan: Mestre em Psicologia da Educação pela PUC São Paulo, experiência de seis anos na área de educação social. Planeja e executa cursos de formação para educadores que atuam em projetos sociais discutindo através de oficinas lúdicas temas ligados a educação freireana.

CUSTO: R$ 450 (ou parcelado em 2x de R$ 240), incluindo: material didático, 4 coffee break e certificado.

INSCRIÇÃO por email contato@educadoressociais.com.br ou fone (11) 3392 4457.

LOCAL: Rua Leite de Moraes, 42 (metrô Santana, linha 1), São Paulo/SP.

sábado, 12 de julho de 2014

Relação de companhia e cuidado é refúgio afetivo

Um morador de rua de São José do Rio Preto (SP) cedeu seu cobertor para seu cachorro de estimação. Na manhã da quarta-feira 28 de maio, quando a região sofria com o frio (registraram-se 7,2 graus às 7 da manhã), o homem, identificado como Luis Carlos, deu sua única coberta ao cãozinho Skafi, um vira-lata de 10 anos.

A cena foi flagrada pelo fotógrafo Hamilton Pavam, do Diário da Região (v. notícia), a modo de registro da baixa temperatura, pouco comum no interior de São Paulo. No entanto, o que aparece é uma realidade, comum a humanos e outros animais, em que o abandono e a solidão vividos em ambiente selvagem são mitigados pela vinculação social, provedora de calor, alimento e tranquilização.

Morador de rua

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O pobre é invisível afetivamente

A seguinte reportagem faz pensar na importância dos vínculos afetivos e sociais. Se um ser querido virasse mendigo, você o perceberia?

sábado, 1 de março de 2014

Eduardo Marinho, filósofo de rua


O artista popular Eduardo Marinho, carioca de 50 anos, tem o blogue Observar e Absorver, sobre suas percepções pelas andanças no mundo. Ele tentou cursar Direito por pressão familiar, mas preferiu viver com os mais pobres e hoje fala contra o sistema e a favor do ser humano (v. palestra para o Projeto AR, 16 minutos).

Ele se considera um desadaptado da sociedade atual, mas uma pessoa que tenta ser feliz através do afeto e da integração aos outros seres humanos. Fala como uma pessoa relativamente equilibrada dentro de sua frustração existencial, mas os entrevistadores o tratam como um extraterrestre, num impressionante choque intercultural. Veja entrevista na TV Campus, da Universidade Federal de Santa Maria (9 minutos) e na TV Floripa (30 minutos).

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Natal no viaduto


Sábado (14-12) em Porto Alegre, passei por esta cena inusitada e... triste. Uma moradora de rua simplesmente fez sua casa no costado de um dos pilares do Viaduto Tiradentes, na Protásio Alves com Goethe.

Quando passei, ela estava fritando uns bifes, mas o surpreendente era que a sua "casa" na rua estava toda enfeitada para o Natal. Havia árvore de Natal em cima de uma cômoda com vários pequenos enfeites natalinos, um coelhão de pelúcia todo de Papai Noel. Tudo limpinho e impecável. Duras realidades sul-americanas, nas veias abertas.
Texto e foto de Carlos Badia
Fonte: Facebook

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Entrevista com coordenador de políticas para população de rua

No programa "NBR Entrevista" de sábado 20 de julho, o coordenador do Comitê de Acompanhamento Intersetorial da Política Nacional para a População em Situação de Rua, Carlos Alberto Ricardo Júnior, responde perguntas sobre o assunto. O Comitê está ligado à Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República. Veja uma notícia de junho.

 

sábado, 13 de julho de 2013

"É brasileiro que nem eu": povo da rua em Fortaleza

 

As pessoas que ficam na rua é principalmente porque perderam a conexão com a família e o trabalho e não encontraram novo espaço de acolhida. Mas todas elas seguem sendo seres humanos, com necessidades e potencialidades, e cidadãos com direitos e deveres. A maioria deseja uma vida melhor. Documentário de 21 minutos feito em junho de 2013 por estudantes de jornalismo, em Fortaleza (CE), capital nordestina onde se calcula haver entre 1700 e 3000 pessoas em situação de rua. Elas são atendidas por grupos religiosos, organizações particulares e o projeto federal Centro Pop.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Luís Filipe diz: a arte ajuda a sobreviver


Luís Filipe dos Santos é um jovem como muitos que foram dar nas ruas e, sem emprego nem boas amizades, precisam aprender novas formas de sobrevivência. Perto da droga e longe do amor da família, não é fácil manter-se vivo e com esperança. O aprendizado dos Doze Passos fortaleceu suas atitudes de fé e autocuidado, levando-o talvez a uma excessiva autonomia.

Os traços precisos e os olhos fortes são duas
características gráficas do trabalho de Luís Filipe.
Como ele mesmo diz, a arte é um dos modos em que a energia pode extravasar sentimentos e, substituindo drogas que causam dependência, ajudar a amenizar a angústia e o sofrimento. Quando o talento brota e algumas pessoas doam materiais, essa arte até ajuda a ganhar umas moedas para a sobrevivência.

Na tarde desta segunda-feira, 20 de maio, ele pintava esta grande figura com lápis preto e pó de maquiagem, no pátio do Centro Pop, e mostrava, para quem quisesse ver, alguns de seus desenhos a lápis de cor sobre papel. O resultado seria vendido nas próximas horas, em alguma rua ou praça da cidade.
Fotos: F. A. Vidal